Dominguinhos. 60 anos de música

 A RadionaInternet, em parceria com a Rádio Câmara apresenta um especial sobre os 60 anos de música do grande sanfoneiro Dominguinhos  
O cantor, compositor e instrumentista pernambucano tem 70 anos, 60 deles dedicados à música popular. São mais de 40 discos gravados e composições que fazem parte da memória afetiva do brasileiro.
O disco vinil de Dominguinhos 'Festa no Sertão', de 1973.
Na entrevista à jornalista Carmen Delpino, Dominguinhos conta divertidas estórias vividas nessas quatro décadas, desde o comecinho, quando ele e os irmãos saíram de Garanhuns num pau-de-arara para tentar a vida no Rio de Janeiro.

Ouça o programa Aplauso, com o Especial Dominguinhos - 60 anos de Música dutante a programação da RadionaInternet.

ESPECIAL RODA DE CHORO

Roda Choro  
Brasília inaugura o novo Espaço Cultural do Choro  
O tradicional Clube do Choro foi ampliado e muda para sede projetada por Oscar Niemeyer. Noite da inauguração é marcada por shows de artistas que escreveram a história da Casa. 
Com casa lotada, foi inaugurado na noite de quinta-feira (10/11) o novo Clube do Choro, que agora se chama Espaço Cultural do Choro, em Brasília, Distrito Federal. 

Aos 33 anos, a instituição ganhou uma sede projetada por Oscar Niemeyer, que abrigará em 2,5 mil metros quadrados o Café-Concerto – ampliado para 420 lugares –, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, com capacidade para 1,5 mil alunos, e o Centro de Memória e Referência do Choro, que será criado no local onde funcionava a antiga sede, sob supervisão da UnB. 

“Há momentos em que a realidade fica maior do que o sonho”, declarou emocionado o músico Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro e que fez o show de abertura.
O bandolinista e guitarrista Armandinho Macedo, a Banda Mantiqueira e o grupo Choro Livre – o mais antigo em atividade na capital – fizeram os shows que marcaram a abertura do espaço, tocando clássicos como Aquarela do Brasil e Brasileirinho. Esses músicos fazem parte do grupo que marcou a história do Clube do Choro.
Com palco de 75m2, a sala de concertos tem capacidade para 400 pessoas.
A reinauguração deu início às festividades que se estenderão até 17 de dezembro. Entre outras atrações, virão a Brasília o guitarrista Pepeu Gomes, o pianista João Donato, o multi-instrumentista Carlos Malta, o bandolinista Danilo Britto, a Traditional Jazz Band e o artista cubano Pepe Cisneros com o grupo Cuba 7.

Ainda na cerimônia, foram entregues certificados de conclusão de cursos a 17 alunos da Escola de Choro. A temporada deste ano será encerrada com uma semana de apresentações de alunos da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello. E o projeto para 2012 já tem nome: Meu Caro Amigo Chico Buarque, inteiramente dedicado à obra do primeiro artista brasileiro vivo homenageado pelo agora Espaço Cultural do Choro.

Escola de Choro – A Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, em pleno funcionamento desde março, tem oito salas de aula com capacidade para 30 alunos, 10 salas menores para a prática de instrumentos, uma sala maior para o ensino de teoria e outra para reunião dos professores. Hoje, são 795 alunos matriculados nas aulas de violão de seis e sete cordas, bandolim, cavaquinho, violino, viola caipira, flauta, saxofone, gaita e pandeiro. O processo seletivo para o ano de 2012 será anunciado em 31 de dezembro. Hoje, são oitos aulas por mês e as mensalidades custam R$ 70. Entre os matriculados, 25% são bolsistas de baixa renda.

Como é de costume nos finais de ano, músicos do grupo Pepe Cisneros e Cuba 7 (11/11) e da Traditional Jazz Band (12/11) farão workshops com aulas gratuitas e abertas à população, em especial aos estudantes de música.

Tombamento – O Clube do Choro é tombado pelo Governo do Distrito Federal como patrimônio imaterial de Brasília e recebeu da Presidência da República a comenda da Ordem do Mérito Cultural. Apesar do sucesso indiscutível, que levou o historiador da MPB Sérgio Cabral a qualificá-lo como "uma das mais importantes instituições culturais do país", funcionava em prédio originalmente destinado a servir de vestiário para os funcionários do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

O Espaço Cultural do Choro em números
- 33 anos
- 1,5 mil shows
- 2,5 mil músicos
- Plateia estimada em 500 mil espectadores
- 8 salas de aula com 795 estudantes de bandolim, cavaquinho, pandeiro, flauta, saxofone, gaita, violão de seis e sete cordas e viola caipira

SERVIÇO
Espaço Cultural do Choro de Brasília
SDC, Bloco G, Eixo Monumental (ao lado do antigo Clube do Choro, próximo ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães)
www.clubedochoro.com.br.

ESPECIAL RODA DE CHORO
Em homenagem ao novo espaço do Choro em Brasília, a RadionaInternet, em parceria com a Rádio Câmara traz para seus ouvintes o programa Roda de Choro.

O primeiro destaque do programa é a Coleção Choro Carioca - Música do Brasil. O autor enfocado é J.J. Azevedo Junior, que viveu no Rio de Janeiro entre 1880 e 1940 e conviveu com Tute, um dos principais violonistas de 7 cordas da história do Choro.

O segundo bloco traz o virtuosismo do paulista Dilermando Reis em violão solo no CD Dilermando Reis – Homenagem a Ernesto Nazareth*, lançado em 1973. Na sequência, a sonoridade sofisticada e belíssima do CD Disfarça e Chora, primeiro disco solo do saxofonista Zé Nogueira. Lançado em 1995, após 20 anos de carreira, o disco foi indicado ao Prêmio Sharp como Melhor Álbum Instrumental.

Você também confere o CD Timoneiro - Hermínio Bello de Carvalho, mais um disco homenagem que cumpre seu papel de celebrar uma personalidade e ao mesmo tempo se transforma em um presente à sensibilidade e ao bom gosto.

E para encerrar, uma revelação: o cantor, compositor e instrumentista carioca Ricardo Dias e o som do seu segundo CD de carreira: Áudio Retrato, lançado em 2010, cheio de surpresas.
Roda de Choro é produzido e apresentado por Ruy Godinho.
O programa Roda de  Choro é apresentado em diversos horários, durante a programação da RadionaInternet

Há 70 anos entrava no ar o REPÓRTER ESSO

No ar, o Repórter Esso, testemunha ocular da história!
O mais famoso noticiário de todos os tempos, o Repórter Esso, estreou no rádio há 70 anos, no dia 28 de agosto de 1941. Foi o primeiro noticiário de radiojornalismo do Brasil, comandado pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Patrocinado pela empresa norte-americana sediada no Brasil, Standard Oil Company of Brazil, o Repórter Esso se especializou em divulgar, principalmente, notícias sobre a evolução das guerras travadas pelos Estados Unidos em todo o mundo.

O Repórter Esso (também conhecido como O Seu Repórter Esso) foi um noticiário histórico do rádio e da televisão brasileira.
Foi o primeiro noticiário de radiojornalismo do Brasil que não se limitava a ler as notícias recortadas dos jornais, pois as matérias eram enviadas por uma agência internacional de notícias sob o controle dos Estados Unidos da América.

Os locutores que fizeram maior sucesso no noticioso foram: Heron Domingues, Luiz Jatobá e Gontijo Teodoro. 
Os slogans mais famosos eram: 
O Primeiro a Dar as Últimas
Testemunha Ocular da História.
O programa radiofônico trouxe para o radiojornalismo brasileiro, a informação por ele divulgada não era apenas notícia, mas se constituía, também, em informação dirigida, em propaganda político-ideológica, produzindo e construindo sentido e com alvo certo: o governo e determinados segmentos da sociedade brasileira. 
A primeira transmissão ocorreu na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1941, iniciando a cobertura do Brasil na Segunda Guerra Mundial.

Antes da estreia oficial, o programa havia ido ao ar experimentalmente na Rádio Farroupilha de Porto Alegre.

Na televisão, o noticiário, inicialmente com o nome de O Seu Repórter Esso, foi apresentado de 10 de abril de 1952 até 31 de dezembro de 1970 na TV Tupi.

Getúlio Vargas.
O programa inicialmente foi criado para fazer a propaganda da guerra americana direcionada ao povo brasileiro. Iniciou sua atividade em 1941 apoiado pelo presidente Getúlio Vargas e sob a orientação do Departamento de Imprensa e Propaganda, o DIP.

O Repórter Esso foi um dos primeiros sintomas da globalização das comunicações: o pacote cultural-ideológico dos Estados Unidos incluía em suas várias edições diárias, uma síntese noticiosa de cinco minutos rigidamente cronometrados, a primeira de caráter global, transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla rede radiofônica mundial.

O Repórter Esso se especializou em divulgar principalmente notícias ligadas ao modo de vida americana da época, conhecida como 'American way of life'. Os informes traziam ainda aos ouvintes a evolução das guerras travadas pelos Estados Unidos em todas as partes do planeta.

Realizou ampla cobertura da Guerra da Coréia em 1950, enviando correspondentes para o campo de batalha.
Além das guerras, o programa radiofônico dava bastante ênfase às notícias de autoridades, notáveis, estrelas e astros de cinema e feitos científicos norte-americanos. O Repórter Esso não informava notícias da Europa, da Ásia e da África se não houvesse interesses norte-americanos envolvidos.
Em 1955 noticiou, antes de todos, a morte de Carmem Miranda.
Em 1957, informou com grande ênfase a explosão da Bomba de Hidrogênio. Em 1959 informou que Fidel Castro vencera a Revolução Cubana reforçando o avanço do perigo comunista na América Latina.

O último Repórter Esso
O Repórter Esso terminou suas transmissões em 31 de dezembro de 1968.
Na última edição, transmitida pela Rádio Nacional e pela Rádio Globo do Rio de Janeiro, a partir das 20:25 da noite, o radialista Guilherme de Sousa fez a identificação da emissora e dando a hora certa, antes de anunciar: "Alô, alô, Reporter Esso! Alô!"
Assista ao vídeo sobre o Repórter Esso, trabalho da disciplina da história do jornalismo brasileiro do curso de Comunicação Social - Jornalismo da UFC.
Ao som das tradicionais trombetas, o locutor Roberto Figueiredo entrou no ar, noticiando sobre as festividades do ano novo (1969); o pronunciamento do presidente Costa e Silva sobre o momento nacional e a instituição do AI-5, além do mesmo assinar decretos sobre o setor financeiro; a condenação de Israel por parte das Nações Unidas pelo atentado contra o Líbano; a Missa de Ano Novo realizada pelo Papa Paulo VI; a previsão do tempo nas principais cidades do país; e as principais notícias dadas pelo Repórter Esso em 27 anos de atividade.
Durante a leitura desta última, Roberto Figueiredo começou a chorar e se emocionar, chegando a um ponto em que o locutor reserva Plácido Ribeiro, que estava no estúdio na hora do noticiário, seguiu a leitura. Roberto tentou se recompor e, aos prantos, encerrou o último Repórter Esso, desejando uma boa noite e um feliz ano novo.
O último Repórter Esso no Rádio, em 31 de dezembro de 1968.
Na televisão, o noticiário foi apresentado pela última vez em 31 de dezembro de 1970 na TV Tupi e na TV Record.

Personagens que fizeram a história no Repórter Esso:

Heron de Lima Domingues
Heron Domingues nasceu em São Gabriel, Rio Grande do Sul ,em 04 de junho de 1924.
Aos 16 anos tentou a carreira de cantor e foi participar em um concurso de calouros na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre a 7 dezembro de 1941, dia escolhido pelos japoneses para bombardear Pearl Harbour, Havaí nos Estados Unidos.
Na ausência do locutor da rádio, Domingues foi lançado às pressas aos microfones e deu a notícia em primeira mão. Não participou do concurso, mas saiu da rádio empregado.
Em 1944, mudou-se para o Rio de Janeiro e passou a trabalhar na Rádio Nacional, onde, no programa Repórter Esso, transmitia a informação "como se estivesse numa trincheira", costumava dizer.
Acampado no estúdio da carioca Rádio Nacional, Heron Domingues, o Repórter Esso , aguardava sôfrego pelo telegrama que confirmaria o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Deveria fazer jus ao apelido a ele atribuído, "o primeiro a dar as últimas".

Após passar Natal, Ano-Novo e Páscoa em alerta, os colegas insistiam para que ele fosse descansar em casa. Aceitou o conselho a contragosto e, para sua decepção, foi em casa que o radialista soube do fim do armistício, pela emissora concorrente. Para consolo, sua credibilidade ressoou: "Se o Repórter Esso ainda não deu, não deve ser verdade", comentava-se pelo País. Só depois que empostou sua inconfundível voz ao microfone é que a notícia ganhou veracidade.
Na televisão, trabalhou na extinta TV Rio, onde apresentou o Telejornal Pirelli, ao lado de Léo Batista e na Rede Globo, onde apresentou o Jornal da Noite e o Jornal Internacional na Globo de 1971 até 1974.

Em tom alarmista, o radialista foi o primeiro a noticiar vários fatos históricos nos 33 anos de carreira: o lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima - (1945): o suicídio de Getúlio Vargas - (1954), a morte da cantora Carmen Miranda - 1955; a renúncia do presidente da República Jânio Quadros - (1961), a chegada do Homem à Lua - (1969).
Ouça o Repórter Esso - Heron Domingues anuncia a morte de Hitler e o fim da 2ª Guerra Mundial no dia 7 de maio de 1945


Heron Domingues acreditava que a voz era dádiva de Deus e não se preocupava em preservá-la. Boêmio, bebia e fumava em excesso. Depois do expediente, era comum lotar a casa de amigos para notívagos bate-papos. Quando as visitas partiam, virava-se para a esposa, a jornalista Jacyra Domingues, e dizia: "Já faz muito tempo que estou em casa, vamos sair para dançar".
Foi o primeiro apresentador de televisão, quando ingressou na TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1961. Desde 1972, estava na TV Globo, (Rede Globo), do Rio de Janeiro.
Eron Domingues também foi apresentador de televisão.
Eufórico para anunciar com exclusividade o impeachment do ex-presidente norte-americano Richard Nixon, no extinto Jornal Internacional, da TV Globo, sem imaginar que seria seu último noticiário. Poucas horas depois foi jantar com os amigos, tendo tido um infarto fulminante já em casa. Os amigos acreditam que Domingues foi vencido pela emoção.

"Trabalhei no Repórter Esso de 1944 a 1962, sem um dia de folga. Levantava-me ás 6:45 hs. e voltava para casa à 1:30 da madrugada. Nos períodos críticos, dormia na rádio, que tinha uma cama na redação. 

Para se ter uma idéia da época conturbada em que vivíamos, no período em que fui locutor do Esso, houve no Brasil dez presidentes da república. Durante a guerra, dormia na Rádio Nacional com um fone no ouvido, diretamente ligado a UPI. Sempre que havia uma notícia importante, eles me despertavam, eu mesmo colocava a emissora no ar e transmitia a notícia. 

Para o fim da guerra, preparamos uma audição especial do Repórter Esso, em que a notícia seria dada fundida com o repicar de sinos. Com medo de me emocionar muito diante do microfone, gravei o início da transmissão: "Atenção! Atenção! Acabou a guerra"  (Heron Domingues).

Uma equipe médica estudou a voz de Domingues por dez anos e nenhuma alteração foi observada, um fenômeno. "Bebo e fumo em excesso", disse ele. "Pois continue bebendo e fumando", aconselharam os médicos.
Heron Domingues faleceu em 9 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, após um dia de trabalho. Teve um ataque cardíaco. Ele era casado com a jornalista Jacyra Domingues.

Luiz Jatobá
Luiz Jatobá foi dono de uma das mais belas vozes da locução e narração no rádio, cinema e televisão durante cerca de 45 anos. Desinibido e incentivado por uma namorada, inscreveu-se e ganhou um concurso para locutores vinculado no Jornal do Brasil (1935), que inaugurava a sua emissora. Foi escalado para programa em que selecionava discos clássicos e fazia comentários. Paralelamente a este emprego, estudava Medicina Ortopédica, e após formar-se, foi fazer pós-graduação nos Estados Unidos. De volta ao Brasil, passou a escrever reportagens para jornais cariocas e para a revista Manchete e apresentava o programa "A Hora do Brasil".
Foi para o EUA e como contratado da Columbia Broadcasting System, a CBS, em Nova York, tornou-se correspondente para o Brasil de notícias sobre a Segunda Guerra, e apresentador de traillers cinematográficos para a Metro Goldwin Mayer. No Brasil tornou-se (1950) o apresentador do primeiro noticiário da televisão brasileira, o Repórter Esso, na TV Tupi do Rio.
Foi para a Rádio Mayrink Veiga (1951), atuando como apresentador de programas e também na Rádio Nacional (1958-1960). Participou de programas na TV Excelsior, foi para a TV Globo (1969) e, três anos depois, voltou aos Estados Unidos, onde trabalhou novamente como narrador de traillers cinematográficos para a Columbia, a Paramount, a Universal Pictures, e a United States Information Agency.
Faleceu em 1982 em Nova Iorque, aos 67 anos.

Kalil Filho
Kalil foi o primeiro Repórter Esso da TV no Brasil e em São Paulo, na época, o noticiário mais famoso da TV Tupi.
Kalil Filho foi contratado pela TV Excelsior em 1964 quando daquela febre de contratações que o Grupo Bozzano Simonsen (proprietário da TV Excelsior) fez na TV, desbancando a Tupi de ser a emissora que liderava o Ibope na época.
Na TV Excelsior Kalil também fazia um telejornal, sua especialidade. Foi diretor astístico, e devido a um 'traira', (que ele chamava de gansterzinho), teve uma briga com a direção da TV e saiu. Foi trabalhar na Rádio Bandeirantes onde apresentava o 'Reporter Sucesso'.
Em 1967 foi trabalhar nas Organizações Globo (ainda não a poderosa Rede Globo) onde foi fazer um programa na Rádio Excelcior, que fazia parte das Organizações Victor Costa que tinha sido comprada por Roberto Marinho.
Seu nome era Munir Mieli Kalil, filho de José Jorge Kalil e dona Itália Mieli.
Kalil Filho nasceu em 2 de dezembro de 1930 e faleceu em 13 de abril de 1970, num acidente na Marginal Pinheiros em São Paulo.

Gontijo Teodoro
Gontijo Teodoro ficou famoso por comandar o popular “Repórter Esso”, programa que marcou época na televisão brasileira.
A célebre frase “amigos ouvintes, aqui fala seu Repórter Esso, testemunha ocular da história”, sempre acompanhada por uma das vinhetas musicais mais conhecidas da história da TV brasileira, anunciou, durante 17 anos, o início das edições do telejornal que teve como um de seus símbolos Gontijo Teodoro. O apresentador comandou o programa entre 1953 e 1970, na extinta TV Tupi.
Na telinha, “Repórter Esso” repetiu o sucesso que alcançara no rádio brasileiro, na década de 40, apresentado pelo locutor Heron Domingues.
Gontijo Teodoro morreu aos 78 anos de idade, vítima de enfarto, no Rio de Janeiro.

6 DE AGOSTO: 101 ANOS DE ADONIRAN BARBOSA

SE O SENHOR NÃO TÁ LEMBRADO....
A Rádio na Internet apresenta um Especial com o cantor e compositor Adoniran Barbosa, comemorando os seus 101 anos de nascimento.  
Ouça neste domingo na Rádio na Internet uma programação especial com músicas do genial Adoniran Barbosa.
Adoniran Barbosa nasceu João Rubinato, em 06 de agosto de 1910, em Valinhos, SP. 
Foi um colecionador nato de apelidos. Seu verdadeiro nome era João Rubinato - mas cada situação por ele vivida o transformava num novo personagem numa nova história.

Ele nos conta a vida de um típico paulistano, filho de imigrantes italianos, a sobrevivência do paulistano comum numa metrópole que corre, range e solta fumaça por suas ventas. Através de suas músicas, canta passagens dessa vida sofrida, miserável, juntando o paradoxo bom humor / realidade - para quê lamúrias?


Tirou de seu dia a dia a idéia e os personagens de suas músicas. Iracema nasceu de uma notícia de jornal - quando uma mulher havia sido atropelada na Avenida São João.



Adoniran nasceu e morreu pobre - todo o dinheiro que ganhou gastou ajudando ou comemorando sucessos com os amigos - seu combustível era a realidade - porque então querer viver fora dela? Talvez soubesse que o valor maior de suas canções eram interpretações como a de Elis ou Clara Nunes.

Foi um grande colecionador de amigos, com seu jeito simples de fala rouca, contador nato de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos freqüentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. Mais do que sambista, Adoniran foi o cantor da integridade.


Foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. João Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador dada a sua popularidade frente aos demais. Adoniran ficou conhecido nacionalmente como o pai do samba paulista.

Rubinato era filho de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Aos dez anos de idade, sua certidão de nascimento foi adulterada para que o ano de nascimento constasse como 1910 possibilitando que ele trabalhasse de forma legalizada: à época a idade mínima para poder trabalhar era de doze anos.


Abandonou a escola cedo, pois não gostava de estudar. Necessitava trabalhar para ajudar a família numerosa - Adoniran tinha sete irmãos. Procurando resolver seus problemas financeiros, os Rubinato viviam mudando de cidade. Moravam primeiro em Valinhos, depois Jundiaí, Santo André e finalmente São Paulo.


Em Jundiaí, Adoniran conhece seu primeiro ofício: entregador de marmitas. Aos quatorze anos, ainda criança, o encontramos rodando pelas ruas da cidade e, legitimamente, surrupiando alguns bolinhos pelo caminho. "A matemática da vida lhe dá o que a escola deixou de ensinar: uma lógica irrefutável. Se havia fome e, na marmita oito bolinhos, dois lhe saciariam a fome e seis a dos clientes; se quatro, um a três; se dois, um a um".



O compositor e cantor tem um longo aprendizado, num arco que vai do marmiteiro às frustrações causadas pela rejeição de seu talento. Quer ser artista – escolhe a carreira de ator. Procura de várias maneiras fazer seu sonho acontecer. Tenta, antes do advento do rádio, o palco, mas é sempre rejeitado. Sem padrinhos e sem instrução adequada, o ingresso nos teatros como ator lhe é para sempre abortado. 

O samba, no início da carreira, tem para ele caráter acidental. Escolado pela vida, sabia que o estrelato e o bom sucesso econômico só seriam alcançados na veiculação de seu nome na caixa de ressonância popular que era o rádio.


O magistral período das rádios, também no Brasil, criou diversas modas, mexeu com os costumes, inventou a participação popular – no mais das vezes, dirigida e didática. Têm elas um poder e extensão pouco comuns para um país rural como o nosso. Inventam a cidade, popularizam o emprego industrial e acendem os desejos de migração interna e de fama. 

Enfim, no país dos bacharéis, médicos e párocos de aldeia, a ascensão social busca outros caminhos e pode-se já sonhar com a meteórica carreira de sucesso que as rádios produzem. Três caminhos podem ser trilhados: o de ator, o de cantor ou o de locutor.

Adoniran, aprendiz das ruas, percebe as possibilidades que se abrem a seu talento. Quer ser ator, popularizar seu nome e ganhar algum dinheiro, mas a rejeição anterior o leva a outros caminhos. Sua inclinação natural no mundo da música é a composição mas, nesse momento, o compositor é um mero instrumento de trabalho para os cantores, que compram a parceria e, com ela, fazem nome e dinheiro. 

Daí sua escolha recair não sobre a composição, mas sobre a interpretação.
Entrega-se ao mundo da música. Busca conquistar seu espaço como cantor – tem boa voz, poderia tentar os diversos programas de calouro. 

Já com o nome de Adoniran Barbosa – tomado emprestado a um companheiro de boêmia e de Luiz Barbosa, cantor de sambas, que admira – João Rubinato estreia cantando um samba brejeiro de Ismael Silva e Nilton Bastos, o Se você jurar. É gongado, mas insiste e volta novamente ao mesmo programa; agora cantando o belo samba de Noel Rosa, Filosofia, que lhe abre as portas das rádios e ao mesmo tempo serve como mote para suas composições futuras.


A vida profissional de Adoniran Barbosa se desenvolve a partir das interpretações de outros compositores. Embora a composição não o atraia muito, a primeira a ser gravada é Dona Boa, na voz de Raul Torres. Depois grava em disco 'Agora pode chorar', que não faz sucesso algum. 

Aos poucos se entrega ao papel de ator radiofônico; a criação de diversos tipos populares e a interpretação que deles faz, em programas escritos por Osvaldo Moles, fazem do sambista um homem de relativo sucesso. Embora impagáveis, esses programas não conseguem segurar por muito tempo ainda o compositor que teima em aparecer em Adoniran. 

Entretanto, é a partir desses programas que o grande sambista encontra a medida exata de seu talento, em que a soma das experiências vividas e da observação acurada dá ao país um dos seus maiores e mais sensíveis intérpretes.

O mergulho que o sambista fará na linguagem, suas construções linguísticas, pontuadas pela escolha exata do ritmo da fala paulistana, irão na contramão da própria história do samba. Os sambistas sempre procuraram dignificar sua arte com um tom sublime, o emprego da segunda pessoa, o tom elevado das letras, que sublimavam a origem miserável da maioria, e funcionavam como a busca da inserção social. 

Tudo era uma necessidade urgente, pois as oportunidades de ascensão social eram nenhumas e o conceito da malandragem vigia de modo coercitivo. Assim, movidos pelos mesmos desejos que tinha Adoniran de se tornar intérprete e não compositor, e a partir daí conhecido, os compositores de samba, entre uma parceria vendida aqui e outra ali, davam o testemunho da importância que a linguagem assumia como veículo social.



Mas a escolha de Adoniran é outra, seu mergulho também outro. Aproveitando-se da linguagem popular paulistana – de resto do próprio país – as músicas dele são o retrato exato desta linguagem e, como a linguagem determina o próprio discurso, os tipos humanos que surgem deste discurso representam um dos painéis mais importantes da cidadania brasileira. 

Os despejados das favelas, os engraxates, a mulher submissa que se revolta e abandona a casa, o homem solitário, social e existencialmente solitário, estão intactos nas criações de Adoniran, no humor com que descreve as cenas do cotidiano. 

A tragédia da exclusão social dos sambistas se revela como a tragicômica cena de um país que subtrai de seus cidadãos a dignidade.



O seu primeiro sucesso como compositor vira canção obrigatória das rodas de samba, das casas de show: Trem das Onze. É bem possível que todo brasileiro conheça, senão a música inteira, ao menos o estribilho, que se torna intemporal. Adoniran alcança, então, o almejado sucesso que, entretanto, dura pouco e não lhe rende mais que uns minguados trocados de direitos autorais. 
A música, que já havia sido gravada pelo autor em 1951 e não fizera sucesso ainda, é regravada novamente pelos “Demônios da Garoa”, conjunto musical de São Paulo (a cidade era conhecida como a terra da garoa, da neblina, daí o nome do grupo). Embora o conjunto seja paulista, a música acontece primeiramente no Rio de Janeiro. E aí sim, o sucesso é retumbante.

Arguto observador das atividades humanas, sabe também que o público não se contenta apenas com o drama das pessoas desvalidas e solitárias; é necessário que se dê a este público uma dose de humor, mesmo que amargo. Compõe para esse público um dos seus sambas mais notáveis, um dos primeiros em que trabalhou a nova estética do samba.

Entre a tentativa de carreira nas rádios paulistas e o primeiro sucesso, Adoniran trabalha duro, casa-se duas vezes e frequenta, como boêmio, a noite. Nas idas e vindas de sua carreira tem de vencer várias dificuldades. 
O trabalho nas rádios brasileiras é pouco reconhecido e financeiramente instável, muitos passaram anos nos seus corredores e tiveram um fim de vida melancólico e miserável. O veículo que encanta multidões, que faz de várias pessoas ídolos é também cruel como a vida; passado o sucesso que, para muitos, é apenas nominal, o ostracismo e a ausência de amparo legal levam cantores, compositores e atores a uma situação de impensável penúria.
Adoniran sabe disto, mas mesmo assim seu desejo cala mais fundo. 

O primeiro casamento não dura um ano; o segundo, a vida toda: Matilde. De grande importância na vida do sambista, Matilde sabe com quem convive e não só prestigia sua carreira como o incentiva a ser quem é e como é, boêmio, incerto e em constante dificuldade. Trabalha também fora e ajuda o sambista nos momentos difíceis, que são constantes. Adoniran vive para o rádio, para a boêmia e para Matilde.

Numa de suas noitadas, de fogo, perde a chave de casa e não há outro jeito senão acordar Matilde, que se aborrece. O dia seguinte foi repleto de discussão. Mas Adoniran é compositor e dando por encerrado o episódio, compõe o samba Joga a chave.

Dono de um repertório variado de histórias, o sambista não perdia a vez de uma boa blague. Certa vez, quando trabalhava na rádio Record, onde ficou por mais de trinta anos, resolveu, após muito tempo ali, pedir um aumento. O responsável pela gravadora disse-lhe que iria estudar o aumento e que Adoniran voltasse em uma semana para saber dos resultados do estudo... quando voltou, obteve a resposta de que seu caso estava sendo estudado. As interpelações e respostas, sempre as mesmas, duraram algumas semanas... Adoniran começava se irritar e, na última entrevista, saiu-se com esta: “Tá certo, o senhor continue estudando e quando chegar a época da sua formatura me avise..”


Nos últimos anos de vida, com o enfisema avançando, e a impossibilidade de sair de casa pela noite, o sambista dedica-se a recriar alguns dos espaços mágicos que percorreu na vida. Grava algumas músicas ainda, mas com dificuldade – a respiração e o cansaço não lhe permitem muita coisa mais – dá depoimentos importantes, reavaliando sua trajetória artística. Compõe pouco.


Mas inventa para si uma pequena arte, com pedaços velhos de lata, de madeira, movidos a eletricidade. São rodas-gigante, trens de ferro, carrosséis. Vários e pequenos objetos da ourivesaria popular – enfeites, cigarreiras, bibelôs... Fiel até o fim à sua escolha, às observações que colhe do cotidiano, cria um mundo mágico. Quando recebe alguma visita em casa, que se admira com os objetos criados pelo sambista, ouve dele que “alguns chamavam aquilo de higiene mental, mas que não passava de higiene de débil mental...” 

Como se vê, cultiva o humor como marca registrada. Marca aliás, que aliada à observação da linguagem e dos fatos trágicos do cotidiano, faz dele um sambista tradicional e inovador.
Adoniran Barbosa morreu em 1982, aos 72 anos de idade.

Discografia

1951 - "Os mimosos colibris/Saudade da maloca" (78 rpm)
1952 - "Samba do Arnesto/Conselho de mulher" (78 rpm)
1955 - "Saudosa maloca/Samba do Arnesto" (78 rpm)
1958 - "Pra que chorar" (78 rpm)
1958 - "Pafunça/Nois não os bleque tais" (78 rpm)
HS/D Music - "Aqui Gerarda!/Juro, amor!" (78 rpm)
1972 - "A Música Brasileira Deste Século -Adoniran Barbosa"
1974 - "Adoniran Barbosa"
1975 - "Adoniran Barbosa"
1979 - "Seu Último Show" (Ao Vivo)
1980 - "Adoniran Barbosa e Convidados"
1984 - "Documento Inédito"
2003 - "2 LPs em 1" (Re-lançamento dos LPs de 1974 e 1975)
[editar]Coletâneas
1990 - "Claudinha Do céu" (Com interpretes de suas músicas)
1996 - "MPB Compositores: Adoniran Barbosa" (Com participações e interpretes de suas músicas)
1999 - "Meus Momentos: Adoniran Barbosa"
1999 - "Raízes do Samba: Adoniran Barbosa"
2001 - "Para Sempre - Adoniran Barbosa"
2002 - "Identidade: Adoniran Barbosa"
2004 - "O Talento de: Adoniran Barbosa" (Com participações especiais)
[editar]Video
1972 - "Programa Ensaio: Adoniran Barbosa"
[editar]Principais Musicas
Malvina, 1951
Saudosa maloca, 1951
Joga a chave, 1952
Samba do Arnesto, 1953
As mariposas, 1955
Iracema, 1956
Apaga o fogo Mané, 1956
Bom-dia tristeza, 1958
Abrigo de vagabundo, 1959
No morro da Casa Verde, 1959
Prova de carinho, 1960
Tiro ao Álvaro, 1960
Luz da light, 1964
Trem das Onze, 1964
Trem das Onze com Demônios da Garoa, 1964
Aguenta a mão, 1965
Samba italiano, 1965
Tocar na banda, 1965
Pafunça, 1965
O casamento do Moacir, 1967
Mulher, patrão e cachaça, 1968
Vila Esperança, 1968
Despejo na favela, 1969
Fica mais um pouco, amor, 1975
Acende o candeeiro, 1972
[editar]Filmografia
1953 - "O Cangaceiro"
1954 - " Candinho"
1955 - "A Carrocinha"

Paul McCartney completou 69 anos em 18 de junho

Paul McCartney completou 69 anos em 18 de junho  
Sir James Paul McCartney é um cantor, compositor, baixista, guitarrista, pianista, multi-instrumentista, empresário, produtor musical, cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico. 

McCartney alcançou fama mundial como membro da banda de rock britânica
The Beatles, com John Lennon, Ringo Starr e George Harrison. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, "escrevendo as canções mais populares da história do rock".

Após a dissolução dos Beatles em 1970, McCartney lançou-se em uma carreira solo de sucessos, formou uma banda com sua primeira mulher
Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrônica e trilhas sonoras.

Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos.

McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais junto com os Beatles e o restante em sua carreira solo ou com seu grupo Wings.

Paul McCartney é o canhoto e baixista mais famoso da história do rock
, embora também toque outros instrumentos, como bateria, piano, guitarra, teclado, etc. É considerado como um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Foi eleito, em 2008, o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. 

Fora seu trabalho musical, McCartney advoga em favor dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. 

Em 1997 foi publicada a biografia intitulada Many Years From Now, autorizada pelo músico e escrita pelo britânico Barry Miles. 

Sua empresa MPL Communications
detém os direitos autorais de mais de três mil canções, incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly.
Paul McCartney é vegetariano e já declarou à imprensa como tomou essa decisão: "Há muitos anos, estava pescando e, enquanto puxava um pobre peixe, entendi: eu o estou matando, pelo simples prazer que isso me dá. Alguma coisa fez um clique dentro de mim. Entendi, enquanto olhava o peixe se debater para respirar, que a vida dele era tão importante para ele quanto a minha é para mim". É membro honorário e participante ativo das campanhas do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo tratamento ético dos animais, em português).

Paul McCartney  nasceu em 18 de junho de 1942 no Hospital Geral de Liverpool, Inglaterra, onde sua mãe, Mary, tinha trabalhado como enfermeira na maternidade alguns anos antes. Ele tinha um irmão, Michael, que nasceu no dia 7 de janeiro de 1944. Foi batizado com o nome de James Paul McCartney na igreja católica; sua mãe era católica e o pai, protestante, posteriormente tornou-se agnóstico. Como muitos de Liverpool, os McCartney tinha ascedência irlandesa.

A casa de infância de Paul, em 2006: a casa atrai actualmente muitos fãs e turistas.
Aos onze anos, Paul passou a frequentar a escola Liverpool Institute. Foi no ônibus a caminho da escola que Paul conheceu George Harrison. Em 1955, os McCartney mudaram-se para 20 Forthlin Road, em Allerton (subúrbio de Liverpool). Atualmente a casa dos McCartney faz parte do The National Trust (organização que protege e conserva locais de interesses históricos na Inglaterra).

No dia 31 de outubro de 1956, aos 14 anos, Paul perdeu a mãe que faleceu de embolismo após uma mastectomia para conter o câncer de seio. Esse acontecimento faria posteriormente com que Paul se sentisse próximo a John Lennon que também perdeu a mãe precocemente aos 17 anos.

O pai de Paul, Jim, trabalhava vendendo algodão. Ele tocava trompete e piano e teve uma banda de dança de salão nos anos 20. Após a morte da mulher, Jim começou a estimular Paul a se interessar pela música comprando-lhe um trompete. Mas Paul não se interessou pelo trompete. Seu interesse pela música só começou quando o skiffle tornou-se popular na Inglaterra.

No ano de 1957, McCartney então com quinze anos conheceu John Lennon ao assistir ao show de uma banda chamada Quarrymen em Woolton (subúrbio de Liverpool). Esta seria a banda que daria origem aos The Beatles. 

No início, a tia de John desaprovou a amizade dos dois pois McCartney vinha da classe operária. A entrada de McCartney para a banda se deu após Lennon ver McCartney tocar a canção "Twenty Flight Rock" de Eddie Cochran. John Lennon acabou o convidando para entrar para a banda. Os dois começaram a compor juntos algumas canções. 

Em 1958, McCartney convenceu Lennon a aceitar George Harrison na banda. Lennon estava relutante ao aceitá-lo já que Harrison era considerado muito novo. Após a entrada de Harrison, Stuart Sutcliffe, amigo da escola de artes de John Lennon, entrou para a banda como baixista.

Os Quarrymen mudaram de nome várias vezes até começaram a se chamar The Beatles. Em 1960, a banda foi pela primeira vez tocar em Hamburgo. Na época, Jim McCartney relutou bastante em deixar seu filho ainda adolescente, Paul, ir a Hamburgo. Paul e o baterista Pete Best acabaram sendo deportados da Alemanha após darem início a um pequeno incêndio no local onde estavam hospedados.
Em 21 de março de 1961, os Beatles fizeram seu primeiro show no Cavern Club.
Após Paul McCartney notar que outras bandas de Liverpool tocavam as mesmos covers que eles, ele e John se intensificaram em compor novas canções. No mesmo ano, os Beatles retornaram a Hamburgo para fazer shows em clubes noturnos, neste momento Paul passou a tocar baixo pois Stu largara a banda e então os Beatles se tornaram um quarteto com dois guitarristas (John e George), um contrabaixista (Paul) e uma baterista (Pete). 

Foi ainda no mesmo ano que os Beatles conheceram
Brian Epstein e logo depois conseguiram o contrato com a EMI Parlophone após serem recusados pela Decca Records. Com a assinatura do contrato, Pete, o baterista, foi dispensado e em seu lugar entrou Ringo Starr.

Durante os Beatles, McCartney formou junto a John Lennon uma dupla de compositores, e combinaram que mesmo quando alguma canção fosse escrita só por um deles, ela traria a assinatura de Lennon/McCartney. Nos Beatles, McCartney era o que mais escrevia canções românticas. São de sua autoria canções como "Yesterday", "And I Love Her", "Michelle" e "Here There and Everywhere". 

Embora Paul sempre fosse acusado de só escrever baladas, ele também escreveu várias canções com um estilo mais pesado como "Back In The USSR", "Helter Skelter" e "The End". 

A canção "Yesterday" é a mais regravada por outros artistas em todos os tempos. 
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Nos anos 60, Paul ainda escreveu canções para outros músicos entre elas "A World Without Love" gravada por Peter & Gordon que atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso). Em 1966, os Beatles, no auge da fama, pararam de fazer shows ao vivo. No mesmo ano, Paul McCartney foi o primeiro beatle a desenvolver um projeto musical solo, onde compôs a trilha sonora para o filme televisivo The Family Way. 
Pelo trabalho, McCartney ganhou o prêmio Ivor Novello como melhor tema instrumental.

A canção "Something", com Eric Clapton, no concerto em homenagem a George Harrison
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ESPECIAL JOÃO GILBERTO 80 ANOS

João Gilberto - 80 anos   
Nascido na Bahia, na cidade de Juazeiro, na Bahia, em 10 de junho de 1931, João Gilberto Prado Pereira de Oliveira completou 80 anos.
João o ganhou um violão aos 14 anos de idade, e, desde então, jamais o largou. Na década de 1940, adorava escutar de Duke Ellington e Tommy Dorsey até Dorival Caymmi e Dalva de Oliveira. 
Aos 18 anos decide se mudar para Salvador com intenção de ser cantor de rádio e crooner.

Em seguida, foi para o Rio de Janeiro, em 1950, e teve algum sucesso cantando no grupo Garotos da Lua. Entretanto, foi posto para fora da banda por indisciplina, passando alguns anos numa existência marginal, ainda que obcecado com a ideia de criar uma nova forma de expressar-se com o violão. 


Seu esforço finalmente foi recompensado e, após conhecer Tom Jobim - pianista acostumado à música clássica e também compositor, influenciado pela música norte-americana da época (principalmente o jazz) - e um grupo de estudantes universitários de classe média, também músicos, lançaram o movimento que ficou conhecido por Bossa Nova.

O ritmo da Bossa Nova é uma mistura do ritmo sincopado da percussão do samba numa forma simplificada e a ao mesmo tempo sofisticada, que pode ser tocada num violão (sem acompanhamento adicional), cuja técnica foi inventada por João Gilberto. 

Quanto à técnica vocal (parte integral do conceito de bossa nova), é uma técnica de cantar em tom de voz uniforme, com voz emitida sem vibrato, e com um fraseado disposto de forma única e não-convencional (ora antecipando, ora depois da base rítmica), e de forma a eliminar quase todo o ruído da respiração e outras imperfeições.

Apesar da fama com a então recém-criada bossa nova, sua primeira gravação lançada comercialmente foi uma participação como violonista no disco de
Elizeth Cardoso de 1958 intitulado Canção do Amor Demais, composto por canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes
Pouco depois desta gravação, João Gilberto gravou seu primeiro disco, Chega de Saudade
A faixa-título, composta por Tom e Vinicius e que também aparecia no álbum de Elizeth Cardoso, foi sucesso no Brasil, lançando a carreira de João Gilberto e, por consequência, todo o movimento da bossa nova. 

Além de Chega de Saudade no lado "A", o disco trazia no outro lado a canção
Desafinado, de Tom e Newton Mendonça. Este disco foi seguido de outros dois, em 1960 e 1961, nos quais ele apresentou músicas novas de uma nova geração de cantores e compositores, como Carlos Lyra e Roberto Menescal

Por volta de 1962, a bossa nova tinha sido adotada por músicos de jazz norte-americanos, tais como
Herbie Mann, Charlie Byrd e Stan Getz
A convite de Getz, João Gilberto e Tom Jobim fizeram aquele que se tornou um dos melhores álbuns de jazz de todos os tempos, Getz/Gilberto. 
Com este álbum, Astrud Gilberto esposa de João Gilberto na época, se tornou uma estrela internacional, e a composição de Jobim "Garota de Ipanema" (em sua versão em inglês, "The Girl from Ipanema") se tornou um sucesso mundial, e modelo pop para todas as idades.


João Gilberto continuou a fazer espetáculos na década de 1960, porém não lançou outros trabalhos até 1968, quando gravou Ela é Carioca, durante o tempo em que residiu no México. 
O disco João Gilberto, algumas vezes chamado de "o álbum branco" da bossa nova (em alusão ao álbum branco dos Beatles) foi lançado em 1973, e apresenta uma sensibilidade musical quase mística, sua primeira mudança de estilo perceptível após uma década. 




O ano de 1976 viu o lançamento do disco The Best of Two Worlds, com a participação de Stan Getz e da cantora Miúcha, que se tornara a segunda esposa de João Gilberto em abril de 1965, com quem tem uma filha, a cantora Bebel Gilberto

Amoroso
, de 1977, teve os arranjos de Claus Ogerman, que buscou uma sonoridade similar à de Tom Jobim. O repertório era composto de velhos sambas e alguns padrões musicais norte-americanos da década de 1940.

Nos anos 80 no Brasil, João Gilberto colaborou com
Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Bethânia (criadores, em fins da década de 1960, do movimento conhecido como Tropicália). 

Em 1991 lançou o disco João, que não tinha nenhuma composição de Tom Jobim. Ao invés disso, teve trabalhos de Caetano,
Cole Porter e de compositores de língua espanhola. 

João Voz E Violão, lançado em 2000, assinalou um retorno aos clássicos da bossa nova, como "Chega de Saudade" e "Desafinado". O CD, uma homenagem à música de sua juventude, foi produzido por Caetano Veloso.


Intercaladas com estas gravações em estúdio, surgiram também gravações ao vivo, como Live in Montreux, Prado Pereira de Oliveira ou Live at Umbria Jazz.

A última de raras turnês de João aconteceu em 2008 no Brasil, em duas apresentações no Auditório Ibirapuera em São Paulo
e tiverem todos os ingressos vendidos em aproximadamente uma hora, no Rio de Janeiro, para uma apresentação no Teatro Municipal, o mesmo aconteceu. 
Além disto, o artista pediu para encerrar a turnê no Teatro Castro Alves, em Salvador, capital da sua Bahia, lá o sucesso foi repetido, e o João convidou o público a cantar com ele. 


Nos concertos de São Paulo as grandes surpresas foram a execução de canções não antes registradas por João, como 13 de Ouro, Dor de Cotovelo, Hino Ao Sol / O Mar, Chove Lá Fora, Dobrado de Amor a São Paulo, e uma música inédita de sua própria autoria, em homenagem ao Japão.

O Arquivo N (Globo News / 01/06/2011) exibiu um programa interessante sobre a vida e obra de João Gilberto, com depoimento da cantora/ex mulher, Miúcha. 

João é o que chamam de mago ou de mito. Talvez o único que carregue a música em suas entranhas. Perfeccionista, o pai da Bossa Nova não permite distorções e dispensa engenheiros de som. Ele por si só, percebe qualquer acorde fora do tom”. (Aquivo N).

ASSISTA AO ESPECIAL JOÃO GILBERTO 80 ANOS PRODUZIDO PELO ARQUIVO N E VEICULADO PELO GLOBO NEWS:
PARTE 01
PARTE 02


PARTE 03
"Curiosidades sobre o João"
- De personalidade perfeccionista, em seus shows não tolera celular, cochichos na platéia, ar-condicionado barulhento ou caixas de som desreguladas.
- Faz raríssimas apresentações e já abandonou algumas delas por falta de silêncio.
- É considerado um gênio, lenda viva da música popular brasileira. Seus shows quando anunciados tem os ingressos esgotados nas primeiras horas de venda.
- Em 2009, uma fita com gravações de 1958 de Gilberto vazou na web. Considerado material raríssimo foi recebido com entusiasmo por fãs.
- Em sua versão em CD, o álbum João, de 1991, trouxe duas faixas-bônus: Sorriu pra mim e Que reste-t-il de nos amours. Isso também aconteceu com o relançamento de Prado Pereira de Oliveira, que incluiu as canções Aquarela do Brasil, Bahia com H, Tim tim por tim tim e Estate, que não entraram no LP original por problemas de espaço.

Excentricidades...

Em janeiro de 2011, foi ajuizada ação de despejo em face de João Gilberto, objetivando que o músico deixe o seu apartamento, no Leblon, em que vive há mais de quinze anos. O imóvel pertence a Georgina Brandolini d'Adda, que se queixa do comportamento excêntrico do músico. Segundo o advogado Paulo Roberto Moreira Mendes, Georgina d´Adda se submeteu a todos os caprichos de João Gilberto, que ao contrário, sempre agiu com arrogância, não tendo o pedido nenhuma relação com falta de pagamento.

Discografia

Quando Você Recordar/Amar É Bom - 78 rpm single (Todamerica, 1951)
Anjo Cruel/Sem Ela - 78 rpm single (Todamerica, 1951)
Quando Ela Sai/Meia Luz - 78 rpm single (Copacabana, 1952)
Chega de Saudade/Bim Bom - 78 rpm single (Odeon, 1958)
Desafinado/Hô-bá-lá-lá - 78 rpm single (Odeon, 1958)
Chega de Saudade (Odeon, 1959)
O Amor, o Sorriso e a Flor (Odeon, 1960)
João Gilberto (Odeon, 1961)
Brazil's Brilliant João Gilberto (Capitol, 1961)
João Gilberto Cantando as Músicas do Filme Orfeu do Carnaval (Odeon, 1962)
Boss of the Bossa Nova (Atlantic, 1962)
Bossa Nova at Carnegie Hall (Audo Fidelity, 1962)
The Warm World of João Gilberto (Atlantic, 1963)
Getz/Gilberto (Verve, 1963)
Herbie Mann & João Gilberto (Atlantic, 1965)
Getz/Gilberto vol. 2 (Verve, 1966)
João Gilberto en México (Orfeon, 1970)
João Gilberto (Philips, 1970)
João Gilberto (Polydor, 1973)
The Best of Two Worlds (CBS, 1976)
Amoroso (Warner/WEA, 1977)
Gilberto and Jobim (Capitol, 1977)
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira (WEA, 1980)
Brasil (WEA, 1981)
Interpreta Tom Jobim (EMI/Odeon, 1985)
Meditação (EMI, 1985)
Live at the 19th Montreux Jazz Festival (WEA, 1986)
João Gilberto Live in Montreux (Elektra, 1987)
O Mito (EMI, 1988)
The Legendary João Gilberto (World Pacific, 1990)
João (PolyGram, 1991)
João (Polydor, 1991)
Eu Sei que Vou Te Amar (Epic/Sony, 1994)
João Voz e Violão (Universal/Mercury, 2000)
Live At Umbria Jazz (EGEA, 2002)
João Gilberto in Tokyo (Universal, 2004)

Fonte: Wikipédia